Como empreender na área de alimentos?

A área alimentícia é sempre muito visada para quem deseja empreender. Mas, muito além da locação de espaço comercial e de escolher um nicho de mercado, você já parou para pensar na legislação relacionada aos empreendimentos deste mercado?

Quando o assunto é fabricar e vender alimentos, todo cuidado é pouco, afinal, cerca de 420 pessoas morrem todos os anos em decorrência da contaminação de alimentos de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Para evitar problemas e ter sucesso na área, as empresas de alimentos precisam estar alinhadas às boas práticas de fabricação, manipulação e distribuição de alimentos.

Quer saber mais sobre como funciona esse universo ou pensa em abrir um restaurante? Continue lendo esse artigo e confira algumas dicas para empreender com segurança e responsabilidade no setor alimentício!

Legislação e boas práticas

Se engana quem pensa que para abrir um restaurante basta investir na locação de espaço comercial estratégico.

Além de todo o processo de liberação de alvará e vistoria do Corpo de Bombeiros – procedimentos que são padrão na abertura de empresas, empreender na área alimentícia exige uma atenção especial das empresas em relação à lei nº 989/1969.

Não importa se seu objetivo é empreender com um restaurante ou uma barraca de cachorro quente de rua, é preciso ter uma autorização da Agência Vigilância Sanitária (ANVISA) para tirar o projeto do papel.

Geralmente, a vistoria deste órgão de fiscalização serve para atestar que o ambiente tem instalações adequadas para a produção e venda de alimentos e cumpre as normas de higiene e prevenção de eventuais contaminações.

Pensando em vender refeição corporativa ou produzir alimentos para um restaurante? Além dessa parte burocrática, é fundamental que você, futuro empreendedor, conheça alguns exemplos de boas práticas recomendadas pela ANVISA. São elas:

  • Preze pela limpeza e organização do ambiente de trabalho;

  • Certifique-se que todos os colaboradores usam toucas, luvas e aventais;

  • Invista em treinamentos para higienização pessoal dos manipuladores de alimentos;

  • Não misture alimentos com produtos de limpeza;

  • A limpeza de equipamentos, utensílios e bancadas deve ser constante;

  • Caixas de esgoto/gordura precisam estar longe da cozinha.

A partir de cuidados como estes, as empresas de alimentos garantem mais qualidade na fabricação dos produtos e evitam a contaminação por causa do que produzem.

Existem vários tipos de contaminação, e acredite, não é nem preciso que um alimento esteja com alguma bactéria para que outros sejam contaminados.

Na chamada contaminação cruzada, por exemplo, basta que o cozinheiro use a mesma faca para cortar diferentes alimentos que o risco já existe, pois as bactérias são transmitidas pelo contato com a lâmina.

Por isso, é importante não só conhecer as boas práticas, como colocar tudo isso em prática no dia a dia.

Aposte em equipamentos e utensílios de qualidade

Se você deseja empreender em um restaurante, saiba que equipamentos, como a pista fria inox, fazem toda a diferença na hora de expor e conservar os alimentos.

Na prática, esse equipamento serve para que as bandejas de alimento sejam colocadas no buffet e facilita bastante a rotina de quem vai servir algum prato.

Além das pistas frias, investir em refrigeradores, balcões, expositores de bebidas, armários e outros equipamentos que ajudam a conservar os alimentos é sempre uma boa estratégia.

Nas lanchonetes e padarias, soluções como a vitrine expositora estufa são exemplos de estruturas que não podem faltar para expor os alimentos.

Além dos equipamentos focados na conservação dos alimentos, também é interessante colocar na lista, equipamentos e utensílios que facilitam a rotina de alimentos, itens como:

  • Tábuas de alimentos;

  • Facas/instrumentos de corte;

  • Bancadas para higienização de alimentos;

  • Coifas industriais para tirar o cheiro de gordura do ar.

Cuidados na produção de refeições coletivas

Empresas que trabalham com a produção de refeições coletivas precisam ter cuidado redobrado em relação ao controle de qualidade dos alimentos produzidos.

Isto, porque, além das boas práticas na hora de receber as matérias-primas e preparar as refeições, esses alimentos precisam ser embalados e transportados até o consumidor final.

Por isso, o controle de qualidade inclui a adequação do transporte, o tipo de embalagem protetora usada na conservação desses alimentos e as condições de conservação dos produtos.

Como as refeições deste modelo são direcionadas a refeitórios e empresas em grande quantidade, contar com soluções terceirizadas na área de higienização, transporte e controle de qualidade faz bastante sentido.