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Digitalização de PMEs impulsiona os negócios: empresários reconhecem benefícios

A digitalização de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) é um processo que deu um salto significativo nos últimos anos. 

A aceleração desse fenômeno, assim como a maior preocupação com a cibersegurança, comprova que mesmo os negócios menores compreendem a importância de estarem presentes no meio digital. 

Afinal, parte significativa da comunicação com os clientes e as oportunidades de negócios acontecem nesse meio.

Isso pode ser comprovado por um estudo encomendado pela Microsoft à agência Edelman. 

O resultado da pesquisa, que ouviu 312 líderes de micro, pequenas e médias empresas de setores variados da economia, mostrou que cerca de 92% das empresas consideram que estão em atual processo de transformação digital.

Entre os que afirmaram estar nesse momento, 81% responderam que a digitalização ocorre de maneira muito rápida. 

Entre as respostas positivas, o levantamento ainda revela que 47% das organizações focam os esforços em otimizar o uso de dados para a inteligência de negócios. 

Outros 41% dos empresários visam ao recrutamento e ao treinamento de talentos na área da tecnologia, enquanto 40% procuram adquirir e adotar novas tecnologias.

Pontos positivos

Os empresários ouvidos pela pesquisa estão contentes com os benefícios que esse processo tem causado em seus negócios. 

O estudo, que começou em 2020, apontou que 98% das empresas consideram que o impacto da implementação da tecnologia foi positivo. 

Eles ainda alegam que a adoção de novas tecnologias tornou o recrutamento de novos funcionários mais eficiente — comentário feito por 86% dos entrevistados.

Inclusive, a automação de processos nas empresas é capaz de proporcionar diversas vantagens. Entre elas, pode-se destacar:

  • O aumento da eficiência;
  • O aprimoramento na qualidade do serviço ou produto;
  • A redução de custos;
  • A maior agilidade para a tomada de decisões.

Outro benefício são as oportunidades que as MPMEs enxergam na adoção de novas tecnologias. 

Cerca de 47% dos entrevistados disseram que consideram que a inovação é uma forma eficiente de gerar mais ganhos operacionais e comerciais. 

Já para 43%, essa adoção é valiosa para a conquista de novos mercados, enquanto 40% consideram que elas contribuem para melhorar a relação com fornecedores e clientes.

Um dos pontos que chamam a atenção é o aumento da preocupação com a cibersegurança junto com a digitalização. 

Na primeira versão da pesquisa, de 2020, 52% das MPMEs pesquisadas afirmaram estar preparadas para enfrentar as ameaças da segurança cibernética. 

Na época, houve um aumento na adoção de políticas de segurança, com destaque para as microempresas, quando 51% delas afirmaram implementar algum tipo de solução.

No estudo seguinte, também foi perceptível notar uma maturidade desse tópico entre as MPMEs. 

Entre 2021 e 2022, foi registrado um crescimento de empresas que mudaram suas políticas de cibersegurança por causa da digitalização, saltando de 74% para 80%. 

O uso de VPN também teve um leve crescimento, de 71% para 73%, enquanto não foi registrado um aumento das empresas que alegaram ter sofrido ciberataques: o índice permaneceu em 50%.

Mudanças nos modelos de regime de trabalho

A expansão da cultura digital nas MPMEs também trouxe desdobramentos para o modelo de trabalho que esses negócios adotam no país. 

O estudo mostra que o trabalho flexível ou remoto está em 55% das empresas pesquisadas, sendo que 93% dessas afirmaram estar satisfeitas com o modelo flexível. 

Contudo, em relação ao regime de trabalho híbrido, em 71% das pequenas e médias empresas levantadas, os funcionários ficam mais de 50% da carga horária trabalhando presencialmente.

Em relação às microempresas, essa proporção é menor, de apenas 39%. 

Como uma forma de tornar a vida dos funcionários mais fácil para o trabalho híbrido e remoto, cerca de 67% das empresas investiram na compra de equipamentos como notebooks e outros portáteis. 

Outros 59% investiram na promoção de treinamentos para a equipe, enquanto 51% e 50%, respectivamente, focaram recursos para a adoção de plataformas de videochamada e trabalho colaborativo.

O resultado disso é o aumento do bem-estar dos funcionários e também da produtividade, sendo que esse ponto foi destacado por 40% dos entrevistados. 

No caso de 47% das empresas, o trabalho remoto é uma oportunidade ideal para reduzir os custos operacionais da organização.